Ao longo do campeonato de 1991, A Williams foi impondo
progressivamente a sua superioridade. Mas Senna foi jogando com a sua
fiabilidade e consistência e chegou de novo ao final de época em vantagem
pontual sobre o agora seu novo rival para o título. Nigel Mansell. E era
Mansell que precisava de ganhar.
Na largada, Berger saiu na frente com Senna a controlar atrás o ritmo de Mansell que foi em 3º. A tática era simples. Deixar Berger abrir o suficiente e atrasar o mais possível o inglês. Mesmo que perdesse para o Williams, nessa altura já Berger administrava tranquilo a vitória e assim o campeonato estava garantido. Mas a história durou só 10 voltas. 17 minutos. Mansell pressionou na reta o brasileiro mas na travagem, no mesmo local onde um ano antes Senna e Prost bateram na largada, Mansell saiu de pista. E nesse momento Ayrton sabia que tinha conquistado o seu Tri Campeonato. O resto da corrida teve ainda outra história. Senna foi buscar Berger e passou o colega da equipa. Liderou parte do GP. Mas antes do GP começar, havia um acordo. Quem largasse melhor para a corrida teria a opção de vencer. Senna cumpriu nessa tarde. Mas deixou mesmo para a última curva. Então, na saída da chicane onde 2 anos antes aconteceu o primeiro polémico toque entre Prost e Senna, Senna travou e deixou Berger passar para triunfar.
|
Rumo Ao Tri em Suzuka
Senna praticamente parou o carro. Mais tarde brincou dizendo que esteve mesmo para fingir que não havia trato
algum. Ron Dennis achou que aquela forma tão brusca quase sobre a linha de
Senna parar para oferecer a vitória a Berger, foi pouco generosa.
Foi uma forma de dizer que era o melhor mas que distribuía em agradecimento a Berger pela ajuda do colega. E Gerhard Berger ficou mesmo aborrecido com aquela atitude. E nem pensou de tão estúpido que foi. “Ele mostrou a todo o mundo que era o dono da casa!”. Mas a amizade dos dois, não sofreu com isso. |